SANTIAGO

Conhecendo a neve no Chile
Tinha um grande sonho de conhecer a neve, por esse motivo acabei fazendo essa compra por impulso, a promoção me pareceu ótima: 3 dias de hospedagem + passagem aérea + tour pelas estações de Valle Nevado, Farellones e El Colorado por R$ 1.000,00. Acabei comprando um cupom em um destes sites de compras coletivas/vendas de cupons.

Tirando os contratempos causados pela desorganização da agência a viagem foi ótima! Todos os outros compradores do pacote também reclamaram da falta de retorno e da desorganização. 
                1º DIA:
                Apesar do avião da Pluna ser bastante pequeno, quase desconfortável, o voo foi tranquilo. Conheci um pessoal bacana que também estavam viajando pelo mesmo pacote do cupom; dividimos o taxi até o hotel, primeiro me deixaram e depois o taxi seguiu até o hotel deles mais ao centro da cidade.

Terraço do hotel

O hotel onde fiquei
era maravilhoso, um flat
super bacana, ótimo
atendimento.  O quarto
era fantástico, uma cozinha
muito bem equipada,
quarto espaçoso, cama
confortável, banheiro limpo
com chuveiro excelente e tinha
até banheira, não estou acostumada com essas mordomias!
A vista da cobertura era linda e a piscina maravilhosa, pena que estava frio demais para nadar!

Hotel Gen Suite - Rua Portugal, 415 - Stgo/Chile





Piscina do Apart-Hotel

Foto do quarto do hotel
                Assim que fiz um breve reconhecimento do quarto e do hotel saí para comer alguma coisa, estava morrendo de fome, já passava das 4:00 horas da tarde, não tinha almoçado e nem teve serviço de bordo no voo da Pluna.
A fome não me deixou escolher um lugar legal e acabei entrando na primeira lanchonete que encontrei,  uma lanchonete que ficava dentro de um hospital, um ambiente não muito agradável para comer! Diante do festival de hamburguesas optei por algo menos exótico para o meu paladar, ainda assim acho que comi pimenta demais!
Depois de comer e estudar o mapa da cidade, peguei o metrô até o centro na intenção de encontrar o hotel dos colegas de viagem que tinha acabado de conhecer.  O metrô estava lotado, praticamente estação da Sé às 18:00 horas de uma segunda-feira. Depois de  alguns pedidos de informações encontrei a rua que procurava e esbarrei com o Rafa caminhando pelo centro de camiseta e havaianas. "Esqueceu do frio maluco?"

Subimos até o quarto dele e também fomos ao terraço tirar umas fotos antes do sol se pôr, o hotel deles é ainda mais alto que o meu, ainda assim o meu quarto é maior e mais confortável.  O Rafa estava dividindo o quarto com a Rosangela, uma senhora que ele conheceu na viagem, mais uma mancada da agência. Colocar duas pessoas desconhecidas no mesmo quarto, e pior ainda duas pessoas desconhecidas de sexo diferente!!!
Estava anoitecendo e achei melhor voltar para o meu hotel, passei no mercado e comprei alguma coisa para lanchar mais tarde.
Minha colega de quarto chegou bem tarde, acho que já passava da meia noite, eu estava dormindo e acordei com o barulho dela entrando
2º DIA
Tomamos um delicioso e demorado café da manhã no terraço do hotel. Muito Frio e uma linda vista da Cordilheira dos Andes.


Tínhamos o dia todo livre para passear.

Bairro Bella Vista
Ok, mas nada de “ônibus vermelho de turista”. Vamos sair por aí com um mapa e nos aventurar! Perguntamos para o pessoal do flat como chegar até os lugares onde queríamos ir e lá fomos caminhando, por sorte não estávamos longe dos lugares bacanas, dava para visitar tudo à pé mesmo.


Subida pelo funicular

Primeiro fomos até o Bairro Bella Vista, é um bairro muito bonito e limpo, durante à noite enche de jovens nos restaurantes, danceterias e barzinhos, é praticamente uma Vila Madalena.
E onde tem barzinho, tem universidades e estudades.  
Os estudantes chilenos estavam por toda parte fazendo protestos contra o sistema de ensino!
Depois de passarmos por uma feira de
artesanato lá na Bella Vista mesmo, subimos pelo funicular até o Cerro
San Cristóval!


Dá para comprar a passagem ida e volta só para subida direto ao Cerro San Cristóval ou com parada ao Zoológico.Fomos direto, sem Zoo!
Lá no bairro Bella Vista mesmo tem bastante coisa para fazer além de visitar o parque, que vai tomar tempo e te fazer caminhar bastante, muita subida!
La Chascona: Casa/ Museu de Pablo Neruda
Depois de descer o Cerro San Cristóval caminhamos um pouco e logo chegamos a La Chascona, a casa Museo de Pablo Neruda, uma delas, as outras duas ficam em Valparaíso e Isla Negra.


Eu já tinha visitado a de Valparaíso (La Sebastiana), elas são bem parecidas, seguem basicamente a mesma arquitetura, em Valpo tem uma linda vista do porto, mas eu gostei mais de conhecer a casa de Stgo pela estrutura, lá tem visita guiada com horário marcado e guias que falam espanhol e inglês e os preços são bastante razoáveis, e ainda aceitam carteirinha de estudante (internacional).
Almoçamos na lanchonete do Museo, um lugar lindo, com ótimas comidas e preço justo. Por aproximadamente R$ 10,00 comemos uma salada generosa e um quiche de brócolis, a melhor refeição de toda a viagem!

Deliciosa Quiche de brócolis com salada!

Lanchonete do Museu Neruda


Passamos também pelo Patio Bella Vista que é um shopping muito charmoso e agradável.
Shopping Patia Bella Vista


Seguimos caminhando em direção ao centro, fomos até uma grande feira de artesanato que fica em frente ao Cerro Santa Lucia. Minha colega já não aguentava mais andar, ainda assim eu a arrastei rumo ao topo do Cerro.
Tiramos várias fotos, o lugar é lindo e a vista lá de cima vale a pena pelo esforço da subida!
Cerro Santa Lucia
Chegamos de volta ao hotel super cansadas, depois de um banho revigorante saímos em busca de um lugar para jantar, até queríamos sair à noite para algum restaurante ou barzinho ou mesmo em algum lugar para dançar, mas só nós duas pareceu muito sem graça, até mandei um mensagem para o Rafa, mas não consegui entrar em contato com ele.




Acabamos indo à um restaurante lá perto do hotel mesmo, que o pessoal da recepção nos indicou. O lugar é bem legal, restaurante para turista, com comidas típicas e show ao vivo com música e danças folclóricas, inclusive danças da cultura Rapa Nui, da Ilha de Páscoa. Muito divertido. O preço não é muito barato, mas também, Santiago não é uma cidade barata, para quem está acostumado aos padrões de São Paulo não vai sentir muita diferença.



Show Folclórico no restaurante
Honestamente não gostei muito do nosso pedido, nem sei porque fui escolher aquele monte de carne nojenta! Miúdos... rins, cérebro e devia até ter testículos no meio! Quanto ao preço, o consumo mínimo por pessoa é de 50.0000 pesos chilenos! Mesmo com refeição, bebida e sobremesa não chegamos ao preço mínimo, faltou alguns pesos, mas deixamos pra lá e pagamos o valor mínimo!


            Apesar dos miúdos nojentos gostei da escolha do restaurante, nos divertimos muito com o show, os dançarinos tiravam os clientes para dançar e até eu dancei Cueca, uma dança folclórica chilena, arrasei!
3º DIA
Acordamos bem cedo e fomos tomar nosso delicioso café da manhã.  A van que nos levaria as estações de ski estava marcada para passar às 8:00 horas da manhã no hotel. Já havia vários hospedes esperando, eu deixei agendado o passeio assim que cheguei ao hotel na segunda-feira.
As vans foram chegando, mas nada de chamarem pelo nosso nome, ninguém sabia o que tinha acontecido, desorganização total. Ficamos revoltadas, estávamos lá justamente para isso, para conhecer a neve, todo mundo já tinha saído e só a gente ficou. Não podia ficar deste jeito, discutimos com o pessoal da agência até arrumarem uma van nos buscar.
Acabou que fizemos o passeio sozinhas, o que foi até melhor, pois tínhamos o motorista a nossa inteira disposição. Antes de subir para as estações ele parou em um posto de gasolina para abastecer e nós aproveitamos e compramos umas besteiras na loja de conveniência, já sabíamos que lá em cima é tudo muito caro. No caminho há várias lojas de equipamentos de ski onde as pessoas podem alugar as roupas e os equipamentos para ski e snowbord.
Subindo as montanhas nevadas
Não alugamos nada, pois a intenção nem era esquiar, e o preço dos equipamentos era muito caro.
Conforme íamos subindo o frio ia aumentando e a neve também até ficar tudo branquinho, a paisagem se torna um branco só. Foi emocionante, lindo! Eu fiquei super empolgada, excitadíssima dentro do carro querendo sair logo e encostar na neve, pisar, cair, mergulhar!!

E foi isso mesmo que fiz! Quando desci do carro dei um escorregão, quase cai porque tinha gelo no asfalto, fui caminhando até a neve, peguei um punhado, fiz uma bola e meti na boca! Gosto de raspadinha de água!

A estação de Valle Nevado estava cheia, várias pessoas tomando café na varanda, fazendo aula de ski, subindo a montanha para esquiar ou simplesmente andando pela neve, tirando fotos e se divertindo, como eu!

Uauaua! isso é neve mesmo!
A Kelly não conseguiu andar muito pela neve, pois não estava com calçado apropriado. Eu estava de tênis e consegui caminhar numa boa, não tinha roupa de neve, mas estava bem agasalhada, com três calças e nem sei quantas blusas... várias.
Depois de explorar Valle Nevado seguimos para Farellones, que é uma estação bem menor e mais popular, os preços são mais baixos, mas também não tinha muita estrutura. Queria descer de “skibunda”, mas a Kelly não quis ficar ali então seguimos para um restaurante lá perto. Não tinha muita opção de restaurantes, o motorista nos indicou um restaurante bastante caro e a comida não era das melhores.
Valle Nevado - aulas de ski
Estação de ski Farellones - skibunda
Depois do almoço seguimos para El Colorado, o frio lá era intenso, nevava bastante, não tinha muita gente, e o pessoal de lá estava mais para esquiar mesmo, não estava cheio de turistas curiosos como em Valle Nevado. Subimos de teleférico até um ponto mais alto, ficamos lá o quanto conseguimos aguentar de frio, tiramos fotos, vislumbramos a paisagem e toda aquela imensa brancura e descemos de volta para Santiago.
Estava nevando!
A Kelly pediu para o motorista da Van deixá-la no shopping e eu segui para o hotel. Não estava nada a fim de ir ao shopping, sabia que lá haveria grande possibilidade de gastar e eu já estava gastando plata demais, fora que pra mim shopping é tudo igual, em qualquer parte do mundo.

Tomei um banho demorado, e fiquei curtindo o conforto do meu quarto, maravilhoso, a cama é tudo de bom e a temperatura do quarto é muito agradável, nem dá para perceber o frio que faz lá fora, a gente vai entrando no quarto e já vai tirando os casacos.
Estação El Colorado
Estávamos tão cansadas que nem saímos para jantar, a Kelly foi dormir cedo e eu só sai para comprar umas bebidas no supermercado.

4º DIA

Acordamos cedo para aguardar a van da turistik nos buscar para o passeio a vinícola Concha y Toro. Optamos por fechar com uma empresa de turismo, apesar de que é possível chegar a vinícola por conta própria de taxi ou ônibus circular, o que precisa é ligar lá antes para reservar um horário de visita guiada.

Vinícola Concha y Toro
O preço do passeio é bem caro, ainda assim tem outros ainda mais caros para vinícolas mais distantes. Fomos de van até o shopping, onde fica o escritório central da Turistik, pagamos lá mesmo o passeio, no cartão de crédito, eles também aceitam dólar.
De lá o pessoal é dividido em outras vans ou ônibus, dependendo do roteiro. O nosso guia, Felipe era muito legal, ele foi nos contando sobre a história do vinho no Chile e um pouco da história sobre a vinícola. Chegando lá nosso grupo ficou com um guia da própria vinícola.
Degustação
O lugar é enorme e lindo, conhecemos o espaço externo e interno, onde são armazenados os barris com os vinhos, fizemos degustação e aprendemos sobre a história de Concha y Toro e dos seus vinhos. Só achei que faltou alguma coisa, pensei que veríamos todo o processo de fabricação do vinho, as uvas e a fermentação, etc...
Ao final do passeio fomos até a loja deles, tudo bastante caro, mas cheio de variedades! Não comprei nada, mas ganhei uma taça personalizada Concha y Toro.
Já tinha feito o check out logo cedo, antes de sair para o passeio, também deixei o taxi reservado para me levar ao aeroporto. Quando voltamos ao hotel ainda faltavam alguns minutos para o taxi chegar, fomos até uma lanchonete lá perto comer alguma coisa.
A volta até Campinas foi bem tranquila, encontrei com o Raphael novamente na fila do check in, ele estava muito chateado, pois tinha perdido a máquina fotográfica na neve enquanto praticava snowboard.
Cheguei ao aeroporto Viracopos já era quase meia noite, o último ônibus para a rodoviária de Campinas só ia sair dali 30 a 40 minutos, cheguei na rodoviária acho que já era 1 hora da manhã e o próximo ônibus para são Paulo só às 04:30 da manhã... Ou seja, tive que passar a noite na rodoviária, foi horrível! Tudo fechado, nem uma lanchonete para comer alguma coisa, as cadeiras muito desconfortáveis, não consegui dormir nada! Foi horrível!
Cheguei em São Paulo, na rodoviária Tietê, peguei o metrô até Jabaquara e de lá um ônibus até a minha casa, cheguei em casa 8:00 horas da manhã, foi só o tempo de tomar banho e sair novamente para ir trabalhar! Foi horrível! Fui trabalhar extremamente cansada, sem ter dormido nada!