Tibagi, no interior do Paraná, foi um achado! Um achado da
Alexandra, na verdade! Que organizou essa trip, reservando hospedagem e
passeios!
Um carro, cinco pessoas e grandes aventuras!
Aproveitamos o feriado de São Paulo para ficar fora os
quatro dias! Saímos de Sampa no sábado logo cedo. Nossa motorista, Dalva,
foi valente de dirigir por quase 7 horas sem revezamento e sem conhecer o
caminho, o André ficou de co-piloto e navegador e assim a viagem foi tranquila
e chegamos em Tibagi por volta das 14 horas. Fomos direto à agência de turismo,
onde ficaríamos hospedados, e depois fomos almoçar.
Cidade pequena, 20.000 habitantes, foi difícil encontrar um
restaurante onde ainda houvesse comida, para almoçarmos às 3 da tarde.
Encontramos um restaurante dentro do supermercado no centro
da cidade. A comida era boa e o preço justo, mas o serviço não é dos melhores,
pedi um suco, não tinha o que eu queria, troquei o pedido e esqueceram de
trazer, cobrei novamente e acabei saindo sem o meu suco!
Depois que comemos seguimos para conhecer as cachoeiras mais
próximas da cidade. Após alguns quilômetros de estrada de terra chegamos a
fazenda onde fica o Salto Santa Rosa. A maioria dos passeios (trilhas e
cachoeiras) fica em fazendas, propriedades particulares, então é preciso pagar
para entrar e visitar. Depois de pagarmos R$10,00 por pessoa entramos na fazenda
acompanhados de dois lindos cães labrador, Café e Fubá! Eles não nos deixaram
em paz um só segundo, pulando, brincando e nos sujando de barro.
Fazia muito frio, ainda mais próximo da queda d`água, aliás, que queda d´águá! Linda! Espetacular! Uma queda super forte! Impressionante!
Ficamos por um tempo lá admirando a paisagem e tirando fotos.
Já estava anoitecendo e achamos melhor voltar para a cidade
e deixar o Salto Puxa Nervos para outro dia!
Fizemos um grude lá na pousada mesmo. Recebemos carta branca
para usar a cozinha da casa do Francês (dono da agência) e como havíamos levado uns mantimentos,
fizemos um macarrão com atum! Ficou muito bom! Teve até suco de limão,
aproveitei para encher os bolsos de limão no pomar lá da fazenda que renderam uma
boa limonada!
Os quartos eram muito bons, espaçosos e limpos. O chuveiro
queimou no primeiro dia, mas no dia seguinte já foi arrumado, só não dava para usar os dois ao mesmo tempo, mas tudo bem, por R$20,00 a diária estava excelente!
Levantamos cedo no dia seguinte para fazer as trilhas.
Havíamos combinado na noite anterior com o guia o horário de saída e quais
passeios faríamos. Tomamos café na padaria mesmo e seguimos para o Parque
Estadual do Guartelá.
Lindo lugar! O dia amanheceu frio, mas logo o sol saiu e esquentou, fez
um dia lindo de inverno. Céu azul e a paisagem dos cânions do Parque Guartelá é
linda! A trilha não foi difícil, parávamos bastante para tirar fotos, para
escutar as explicações do nosso guia Betim, muito simpático e cheio de
histórias para contar sobre a região.
Fizemos duas trilhas. Durante a manhã, iniciamos às 09 horas e por volta das 14 horas estávamos voltando a sede do parque para
descansar um pouco, fazer um lanche e seguir para a próxima trilha. Acredito
que caminhamos uns 9 km ao todo durante o dia.
Voltamos para o chalé cansados, tomamos um banho e fomos
jantar em um restaurante que nos indicaram! Foi ótimo! O lugar era muito
agradável, a comida estava ótima e a conversa também. Na volta ainda passamos
em uma festa junina que estava acontecendo na cidade. Ficamos pouco tempo, a
festa estava muito chata, promovida por um político local, estavam servindo
vinho quente gratuito e só, havia algumas duplas sertanejas desafinando
bastante e uma fogueira, nem bandeirinha colorida tinha. Não tinha comida ou
qualquer outra barraquinha.
A gente até queria dormir cedo, mas acaba fazendo uma coisa e
outra e batendo papo e não conseguimos dormir antes das 23 horas!
Mais um dia de trilha! Novamente levantamos cedo e fomos
tomar café na padoca. Desta vez a trilha seria mais longa, uma travessia pelos
cannios de aproximadamente 12 km.
Descobri que a palavra inglesa cannion, significa na verdade
desfiladeiro, é o equivalente em português! Aprendi mais uma!
As paisagens de hoje foram diferentes, mas igualmente
lindas! Subimos até o ponto mais alto do Cannion. Entramos pela fazenda Bento,
passamos pela fazenda do Ermitão e terminamos em São Damázio! Só não
conseguimos terminar a trilha porque já estava escurecendo e ninguém estava
com lanterna, fora que havia uma onça vagando bem lá pertinho da gente, até
seguimos as pegadas dela!
Estávamos tão cansados dessa trilha, nem saímos para jantar,
fizemos um macarrão por lá mesmo. Desta vez o macarrão não ficou tão bom, mas
até que todo mundo comeu. Era o que tinha!!! Ficamos até um pouco mais tarde
conversando, altos papos, ri demais! Fazia tempo que não me divertia e ria
tanto!
Em nosso último dia na cidade acordamos um pouco mais tarde,
tomamos café na padaria, um café um pouco mais demorado e seguimos para
conhecer o Morro do Comuna. A estrada estava péssima, o nosso carro não tinha
como passar, deixamos mais distante e seguimos a pé. Valeu a pena seguir até
o morro. A vista é linda! Apesar de ter que pagar para entrar na fazenda, não
pagamos nada, pois ninguém apareceu para cobrar, abrimos a porteira e
simplesmente entramos!
Ainda tivemos tempo de tirar umas fotos do mirante e do rio
que passa pela cidade, onde o pessoal faz rafting. Almoçamos lá na cidade mesmo
antes de partir, ainda era cedo, fomos almoçar ainda era 12 horas. Fomos a uma
churrascaria grande da cidade, O Tropeiro, devia ser o maior restaurante da cidade e
frequentado por turistas e gente importante, mas eu sinceramente não recomendo.
A comida estava fria e muitíssimo salgada! Self Service de qualidade duvidosa!
Antes de partir fomos ao centro de artesanato da cidade e
pegamos a estrada por volta das 14 horas! Viagem tranquila de volta, não
pegamos quase nada de congestionamento. Cheguei tarde em casa e muito cansada!
Valeu! O passeio foi muito bom! Quem imaginaria que no meio
de uma cidadezinha há uma maravilha da natureza como essa!!